Histórico

Declaração de Veneza

“O ensino convencional da ciência, devido à apresentação linear dos conhecimentos, dissimula a ruptura entre a ciência contemporânea e as visões ultrapassadas do mundo. Reconhecemos a urgência da pesquisa de novos métodos de educação, capazes de levar em conta os avanços da ciência que agora se harmonizam com as grandes tradições culturais, cuja preservação e cujo estudo mais profundo parecem fundamentais.”

Este Programa atualmente é denominado como Programa de Educação Tutorial – PET, sendo administrado pela Secretaria de Educação Superior/ Ministério da Educação (SESu/MEC), ficando sob a responsabilidade do Departamento de Projetos Especiais de Modernização e Qualificação do Ensino Superior – DEPEM-SESu/MEC.

Iniciou-se em 1979 como Programa Especial de Treinamento, sendo gerenciado pela CAPES. Este é um programa acadêmico voltado aos alunos regularmente matriculados em cursos de graduação. Após uma seleção criteriosa, os bolsistas se organizam em grupos para trabalharem junto a um(a) tutor(a). Os bolsistas e voluntários realizam atividades extracurriculares que complementam sua formação acadêmica. Um dos principais compromissos remete à contribuição que também deve oportunizar a seus colegas de curso e outros afins. Suas atividades incluem a busca no equilíbrio ao tripé Ensino-Pesquisa-Extensão.

De forma geral, os objetivos deste Programa incluem a melhoria do ensino de graduação, a formação acadêmica ampla do aluno, a interdisciplinaridade, a atuação coletiva e o planejamento e a execução. Suas ações devem beneficiar sua própria vivencia e contribuir com a comunidade acadêmica e externa.

O Programa de Educação Tutorial foi oficialmente instituído pela Lei 11.180/2005 e regulamentado pelas Portarias nº 3.385/2005, nº 1.632/2006 e nº 1.046/2007. A regulamentação do PET define como o programa deve funcionar, qual a constituição administrativa e acadêmica, além de estabelecer as normas e a periodicidade do processo de avaliação nacional dos grupos. A Portaria 976/2010 trouxe inovações para a estrutura do PET como, por exemplo, a flexibilização e dinamização da estrutura dos grupos, a união do PET com o Conexões de Saberes, a definição de tempo máximo de exercício da tutoria, a aproximação com a estrutura acadêmica da universidade e a definição de estruturas internas de gestão do PET. Com portarias e resoluções complmentares, disponíveis no link portal.mec.gov.br/pet/, tem sua regulamentação constantemente atualizada para atuar de forma atualizada e dinâmica.

Na Faculdade de Odontologia de Bauru, este grupo foi introduzido em 1984, a partir do trabalho e incentivo da primeira tutora do grupo, Profa. Dra. Maria Fidela de Lima Navarro, criando-se o grupo PET de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru- FOB-USP. Destaca-se por ter sido o primeiro grupo PET da área odontológica do Brasil.

A partir de 1986, o Prof. Dr. Eduardo Batista Franco assumiu a tutoria do grupo por 18 anos, promovendo o seu crescimento, com atividades estimulantes como seminários, estudos dirigidos, compromissos científico-sociais que envolvessem o PET-odonto junto à graduação para que todos pudessem se beneficiar de sua existência. Em 2002, convidou o Prof. Dr. Carlos Ferreira dos Santos para compartilhar essa experiência, tornando-se o co-tutor. Em 2004 assumiu a tutoria do programa e foi o primeiro egresso a se tornar tutor na USP e o segundo no Brasil. Por um breve período de 6 meses, o Prof. Dr. Paulo Afonso da Silveira Francisconi conduziu esta tutoria em caráter temporário para que o Prof. Carlos pudesse desenvolver seu pós doutorado no exterior O programa ficou sob sua tutoria até 2014, quando elegeu-se Vice-Diretor da FOB/USP. A partir de 2014, a tutoria foi assumida pela  Profª Drª Linda Wang, também egressa deste programa.

Em 2006, outra grande conquista em nosso campus, foi a implementação do PET fono, conduzido pela tutoria da Profa. Dra. Giedre Berretin-Felix, em uma chamada nacional que contou com mais de 300 propostas e apenas 14 contempladas. Este é o único grupo PET de Fonoaudiologia do Brasil. Desde esta implementação, atividades inter-cursos entre os grupos são estimuladas, enriquecendo este trabalho. Atividades conjuntas são desenvolvidas quando pertinentes, integrando ações de forma benéfica e construtiva.